Grão a Grão Se Vai o Milhão

Quando em 2013 andou a fazer campanha para ser presidente da Câmara de Nelas, Borges da Silva elegeu como o pináculo da propaganda o “equilíbrio das finanças públicas” e “retirar a CM de Nelas da falência”. Dizia-se que era insustentável que a Câmara tivesse mais de 15 milhões de dívidas (ainda que estas estivessem asseguradas ao abrigo do PAEL entretanto assinado). 

A certeza era tão grande que a jactância era taxativa. Ou ele ou o caos, dizia. 



Volvidos que estão 6 aninhos tudo indica que temos a Câmara com dívidas superiores a 16 milhões e, desta feita, sem o programa tutelar do PAEL. Divida superior à existente em 2013. Resultado? Vamos de empréstimo bancário em empréstimo bancário para tapar buracos financeiros. Buracos que não se entende muito bem como apareceram já que obra relevante concluída não há. 

Não há:

  • os mais de 50 milhões de investimentos anunciados em Zonas Industriais e que tendo em conta o anunciado já deviam estar a terminar; 
  • os projectos CAVES para Santar; a compra dos Fornos Eléctricos; 
  • a Casa da Cultura; a reconversão do espaço da CVR Dão e do Cineteatro; 
  • a requalificação da rede viária do concelho; 
  • a incubadora de empresas e centro de formação; 
  • a requalificação e desenvolvimento da Quinta da Cale; 
  • o lar de Carvalhal Redondo; o lar e centro de dia de Vila Ruiva; 
  • parques infantis a funcionar; 
tudo promessas feitas, muitas delas dadas como aprovadas (algumas até com visitas de e a ministros para apensar carimbo de “credibilidade”).
 
É o que dá andar a antecipar fundos disponíveis para sabe-se lá que esoterismos. A Câmara tinha já visto aprovado um empréstimo neste mandato de 3.3 milhões de euros e, no passado dia 24 de Abril, foi proposto e aprovado um outro desta feita de 2.3 milhões. São portanto 5.5 milhões de euros a somar a elevada dívida já existente do Município de Nelas (aquela que em 2013 serviu como justificativo para “obrigatoriedade” da eleição de Borges da Silva). Que este empréstimo tenha sido aprovado a 24 de Abrir só me remete para a alusão que a perda da liberdade económica do Município foi deliberada na véspera do Dia da Liberdade. Coincidências do camandro. 

As dificuldade são aparentemente e, alegadamente, obrigam a que a rua mais estruturante da sede do concelho, esteja encerrada ao trânsito há quase seis meses. 


O que não encerra e tem total prioridade é a campanha propagandística ao estilo eleitoral caceteiro com que se inunda o éter para nos dar conta, por exemplo, que que as obras decorrem “a bom ritmo”. Obras que, de acordo com a programação entregue em candidatura, já deviam estar todas encerradas há muito. Entenda quem quiser.

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