Prioridades

Hoje, 26 de Maio de 2021, o presidente da Câmara de Nelas tentará (e provavelmente conseguirá, nem que para isso algum vereador falte), comprar o decrépito "Colégio Grão Vasco", que foi depois a primeira escola preparatória e secundária do Concelho. Diz-se que está preparado para pagar à CGD, actual proprietário uns 100 mil euros. 100 mil euros por um prédio em ruínas que terá de ser demolido. Depois disso faltará enterrar pelo menos mais 300 mil só em construção civil. 

A Câmara entrou em modo agente imobiliário, sem qualquer disfarce, inventando "utilidades" e "necessidades" para fazer negócios. Negócios que serão, eventualmente, do interesse de alguém, mas dificilmente serão da população do Concelho. É nos dito que servirá para instalar a "universidade sénior" (podem rir à vontade) e a "incubadora de empresas" (a mesma que ia ser instalada nas instalações da falida Nelcivil, do qual Borges da Silva era credor, e que jurava que um Secretário de Estado financiaria mas só no caso de ela se situar nas instalações daquela defunta empresa que a Câmara "tinha" de comprar). 


Outra das razões invocadas é o "interesse histórico". Isto numa terra que arrasou uma igreja para fazer um largo. Faltou dizer que, provavelmente, o presidente quer que os edifícios vizinhos à sua habitação sejam todos bonitos porque isso valorizará também a sua propriedade. 

Em ano de eleições vale tudo para enganar os incautos. Há que comprometer as finanças, fazendo o que não é preciso e, para não fugir à tradição, toca a prometer e comprometer orçamentos futuros para mostrar "obra" na sede do Concelho e só na sede do Concelho. Para trás ficam todas as promessas já feitas e não concretizadas. Aparentemente "o que vende é fazer promessas e não concretiza-las". Que se lixem as "prioridades" anteriormente apresentadas. Lembrem-se quando alguém vier dizer-vos à porta que "são tão do resto do Concelho como de Nelas".

Só a título de exemplo, alguém me sabe dizer quando vai ser feita a obra, tantas e tantas vezes prometida, prometida pela Câmara, prometida pela Junta de Canas, prometida pelo MRCCS, prometida pelo PSD/CDS, prometida pelo PS, da Casa da Cultura de Canas de Senhorim? Além do mais o prédio -Casa do Frazão - já está comprado e pago (se exceptuarmos que o negócio, feito com intervenção do presidente da JFCS, implica fazer a infraestrutura do loteamento do terreno que medeia entre o edifício e a Escola) pela Câmara Municipal. Este edifício, já da Câmara, não podia servir para albergar a "universidade sénior" e a "incubadora de empresas". Porque razão assim é? O que acha a o Presidente da Junta e o MRCCS destas coisas que prejudicam a sua terra e o seu "concelho"?
 

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