Fico genuinamente agradado por ver que tanta e tanta gente aparentemente descobriu este ano o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses e os relevos que lá costumam ser vertidos. Ainda bem. Talvez seja fruto de, este ano, a capital de Distrito ter tido algum destaque. Aqui pelo (pequeno) burgo, ao longo dos anos, o destaque tem sido constante.
- Foi em 2015 - https://caniteaguda.blogspot.com/2016/11/contas-em-ordem-reality-says-no.html;
- Foi em 2017 - https://caniteaguda.blogspot.com/2018/11/garantem-nos-que-esta-tudo-bem.html;
- e foi igualmente em 2018 - https://www.facebook.com/ajsborges/posts/10157770264396419
Nelas foi o 7º município do país com maior aumento do passivo exigível mas, contas de salafrário, baixa-se o IMI, para nas eleições se poder contar as patranhas que forem precisas.
E podemos com alguma segurança afirmar que os "martelanços" têm vindo a intensificar-se. Foi afastada a funcionária que tinha obrigações (legais) administrativas e financeiras e, diz-se, há agora uma empresa com carta branca para torturar os números até eles dizerem o que queremos que eles digam. Mas até esta tortura numérica tem limitações e, referente às contas de 2018, lá aparece, mais uma vez, Nelas como (mau) exemplo do que é gerir as finanças autárquicas.
Para um futuro próximo encarreiram-se o aumento do IMI, das taxas, da água, etc., para fazer face ao descalabro que está há muito anunciado, que foi há muito sonoramente dado a conhecer aos munícipe, que velará a Câmara a mera pagadora de dívidas, incapaz de fazer face ao mais básico do que deveria ser a sua actividade - a gestão e modernização do concelho (todo, não só da freguesia sede). Quando isso acontecer surgirão resmas de eleitores (e suponho que até alguns vereadores que fazem do silêncio e da inacção modo de acção política), alguns indefectíveis apoiantes até à última hora do maestro da desgraça, indignados, e/ou surpreendidos ou jurando a pés juntos que nunca na vida votaram ou apoiaram este tipo de coisas.
É a vida que queremos