Mais Uma Empresa para a Ribeirinha?

A zona industrial da Ribeirinha sempre foi um parente muito pobre dos espaços industriais do Concelho e só recentemente, em 2015/2016, com oposição do secretário/presidente da Junta de Canas, foi possível dota-la das condições mínimas para servir um ou dois teimosos empresários que insistiram em instalar ali as suas empresas, pese embora o aliciamento constante para que se instalassem na freguesia de Nelas ou da de Senhorim. 

Hoje a Câmara de Nelas, naquela página oficial que deveria abster-se de fazer propaganda mas que essencialmente serve para isso mesmo, garantia que a empresa Epione lda, de transformação de canábis em produtos medicinais, se irá instalar na ZI da Ribeirinha a breve prazo ("obras já se iniciaram") e que criará 40 postos de trabalho.  Que seja verdade!

Mas quem anuncia isto é exactamente a mesma equipa que em 2017 garantia peremptoriamente que a CPFE estava comprada e até fez notícia com direito a fotografia de empresário do Carregal do Sal que se iria instalar logo naquele espaço. Passados quatro anos, nem a CPFE está comprada, nem descontaminada (sendo provavel que esteja a por em causa a saúde pública), nem o tal empresário alguma vez teve a intenção de ali se instalar. 

Na mesma página em 2018 (23 de Outubro), num processo que já vinha desde 2016, o mesmo artífice anunciava que na Zona Industrial da Ribeirinha se iria instalar e começar a laborar, num prazo de seis meses, a empresa Nelmec, com direito a protocolo entre a CMN e a Junta de Freguesia de Canas de Senhorim (vá-se lá saber porque razão já que as competências da Junta são nulas nesta matéria. Alguém alguma vez viu protocolos com a Junta de Nelas para instalar empresas em Nelas?). Curiosamente o link que consta da publicação do Facebook (que pode ser complicado de encontrar sem recorrer à "darkweb" e ao Raul) e que daria acesso à notícia na página do Municipio retorna o que a última imagem documenta, um nada.

Também na Ribeirinha se instalou empresa do ramo automóvel que na boca do autarca, anteriormente advogado da empresa, ia ser um exemplo, uma empresa que criaria centenas de postos de trabalho, onde ministros, deputados e outros signatários se deslocaram e, passados 3 anos, mudou-se para Marrocos depois de ter beneficiado de apoios de Estado e Comunitários. Alguém, com ou ligações ou não à empresa, terá lucrado bastante com isto.

Esperemos então que este último episódio não seja mais um do elevado role de mentiras e inverdade que mais não são do que engodo para os eleitores deslumbrados comprarem. 

Siga a marinha que isto vai continuar a meter água e água é e vai ser muito cara.



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